terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estudo mostra que histórico familiar é fundamental na formação da identidade do pai


Hoje li na Zero Hora uma matéria interessante que resolvi publicar.
Boa leitura.
Interessante para quem tem filhos ou deseja os ter.


"Ter um pai presente ajuda homens a compreender melhor o papel que desempenham

Quando um filho está a caminho, todos cercam a mãe de cuidados e orientações. Dicas de como agir e histórias de família ajudam a mulher a se preparar para a missão. Mas e o pai? Cada vez mais presentes na vida dos filhos, os homens muitas vezes se sentem perdidos na hora de definir qual é o seu papel na educação dos pequenos.

Para o pesquisador Rubens Maciel, da Universidade de São Paulo (USP), o que mais pesa nessa hora é a história familiar. A explicação é simples: a atitude dos pais é influenciada pelo tratamento que receberam em casa quando ocupavam a posição de filhos.

Na pesquisa, um dos pontos avaliados foi o senso de responsabilidade, essencial para a educação da criança. Na pesquisa, Maciel analisou o caso de quatro pessoas de 25 a 40 anos que passaram pela primeira vez pela experiência da paternidade. Aqueles que não tinham uma figura paterna forte e presente ficaram mais perdidos para lidar com a criança. Por outro lado, ter um pai presente e atuante ajudou os homens a compreenderem melhor o papel que podiam desempenhar.

— Eles creem que a paternidade lhes trará grande satisfação, que os salvará dos problemas e frustrações. Eles acreditam que o filho será a salvação do casamento, motivo de orgulho e representará a felicidade da união — explica.

Além do excesso de expectativas, a insegurança é outro aspecto que pode assolar pais de primeira viagem. Eles sentem que, com a chegada da criança, perderão parte da atenção que têm das mulheres. O psicólogo clínico e escolar Erich Botelho garante que a relação com o próprio pai influencia em todos os aspectos da vida, inclusive na paternidade, mas é apenas uma entre tantas que definem quem será um bom ou mau pai.

— Não podemos generalizar e achar que todos que não tiveram uma figura masculina forte não serão bons pais. A maturidade de cada um, o temperamento, o desejo de ter filhos e os valores também são importantes — afirma.

Relação pai e filho

A PESQUISA
- O primeiro estudo incluiu 160 pais (80 casais) e o filho primogênito. A segunda amostra incluiu 112 pais (71 mães e 41 pais) e a terceira, 55 pais (36 mães e 19 pais). Foi medido o nível de hormônios no sangue e observado cada pai interagindo junto e sozinho com o bebê.

ALTERAÇÕES HORMONAIS
- No primeiro grupo, o mesmo nível de oxitocina (hormônio liga aos laços afetivos e à sensação de prazer) foi encontrado em mães e pais. Ele era individualmente estável ao longo do tempo. No segundo grupo, os pais que tiveram mais contato físico com os filhos tiveram um aumento na oxitocina. O mesmo não ocorreu com os pais que fizeram poucos carinhos nos filhos. No terceiro grupo, os pais com alto teor de oxitocina causaram um aumento da substância também nos filhos.

RELAÇÃO
- Os pais que têm altos níveis de oxitocina e do hormônio prolactina mostram uma relação melhor com os filhos. Ainda não é possível saber quanto tempo dura essa relação hormonal."

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